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Obesidade infantil

Complicações da obesidade

  • Articulares: Maior predisposição para artrites, alterações dos membros inferiores.
  • Cardiovasculares: Hipertensão arterial.
  • Cirúrgicas: Maior risco cirúrgico.
  • Crescimento: Idade óssea avançada, aumento da altura.
  • Cutâneas: Maior predisposição a micoses, dermatites e piodermites.
  • Endócrinometabólicas: Maior predisposição ao diabetes, aumento de colesterol e triglicerídeos.
  • Gastrointestinais: Aumento do risco para “pedra” na vesícula e fígado gorduroso.
  • Neoplásicas: Maior risco de ter câncer.
  • Psicossociais: Discriminação social e isolamento, dificuldade para expressar os sentimentos.
  • Respiratórias: Aumento do esforço respiratório, apnéia do sono, infecções e asma.

Existem alguns hábitos alimentares mais relacionados com a obesidade. O aleitamento materno tem se destacado como um fator protetor importante.

No entanto, hábitos como não tomar café da manhã, jantar consumindo grande quantidade calórica, ingerir uma variedade limitada de alimentos e em grandes porções, consumir em excesso líquidos leves, mas calóricos e ter uma inadequada prática de alimentação precoce são prejudiciais e indutores da obesidade.

Os pais exercem uma forte influência sobre a ingestão de alimentos pelas crianças. Entretanto, quanto mais os pais insistem no consumo de certos alimentos, menor é a probabilidade de que elas os consumam. Da mesma forma, a restrição por parte dos pais pode ter um efeito deletério.

Na primeira infância, recomenda-se que os pais forneçam às crianças refeições e lanches balanceados, com nutrientes adequados e que permitam às crianças escolher a qualidade e a quantidade que elas desejam comer desses alimentos saudáveis.

A orientação dietética é fundamental para determinar a perda de peso controlada ou a manutenção do mesmo, para não prejudicar o crescimento.

Em resumo, as modificações de comportamento devem ser adotadas por toda a família e as seguintes dicas são importantes:

  • Estimular aleitamento materno e limitar a introdução de alimentos sólidos precocemente;
  • Estabelecer horários para as refeições e lanches: intervalo mínimo de uma hora e meia e máximo de três horas;
  • Encorajar a autonomia das crianças e adolescentes no controle da sua ingestão alimentar;
  • Diminuir o tamanho das porções e não insistir que a criança raspe o prato.
  • Evitar a sobremesa;
  • Não saciar a sede com chás, sucos ou refrigerantes, estimular beber água;
  • Não ter em casa alimentos que façam a criança sair do manejo;
  • Não usar adoçantes de forma indiscriminada;
  • Mudar o hábito familiar de comemorar situações comendo;
  • Não comer assistindo televisão;
  • Limitar o tempo de assistir televisão por 2 horas por dia;
  • Estimular rotineiramente a atividade física, incluindo jogos não-estruturados em casa, na escola e na comunidade;
  • Pais devem participar e dar exemplo.

A obesidade infantojuvenil é um sério agravo para a saúde e prevenir significa diminuir, de uma forma racional e menos onerosa, a incidência de doenças crônico-degenerativas na vida futura.

Como referenciar: "Obesidade infantil - Complicações" em Só Nutrição. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 21/11/2024 às 15:03. Disponível na Internet em http://www.sonutricao.com.br/conteudo/artigos/obesidadeinfantil/p2.php